A GUERRA

Como vimos, a tomada da Polônia marcou o início da 2ª Guerra. A tentativa de mande a Paz na Conferência de Munique tornara-se impossível. Até 1940, a guerra não teve grandes confrontos, chegando até mesmo de ser chamada "guerra de mentira". Apenas a partir do ano seguinte que começaram os sangrentos confrontos. Hitler não se dava por satisfeito, queria mais e mais. A partir da declaração de guerra, feita pela Inglaterra e pela França à Alemanha, outros países foram entrando no conflito de ambos os lados. O sucesso inicial alemão deveu-se à sua tática  militar desenvolvida por seu generais, conhecida como

"Guerra Relâmpago" ( blirtkried em alemão). Consistia em ataques fulminates. O exército alemão possuía tropas bem treinadas a armamentos modernos no uso de forças motorizadas e aviação em uma ofensiva.

Tática alemã  Blitzkrieg (guerra relâmpago)


Podemos dividir as alianças da 2ª guerra da seguinte maneira: De um lado a Inglaterra, a França e os Estados Unidos formando "Os aliados" e do outro a Itália, a Alemanha e o Japão formando os líderes de "Eixo". Mais tarde, após o rompimento com os alemães, a União Soviética também decidiu colaborar militarmente com os  países aliados.                                                                                                                                                       
Os 2 lados da guerra
Na primavera de 1940, em apenas seis semanas, os alemães haviam dominado quase toda a França, tendo o governo francês abandonado Paris e se instalado em Vichy no sul da França.

Retirada de Dunquerque
Com o rápido avanço das tropas alemães por terra, os exércitos ingleses e franceses ficaram concentrados na praia de Dunquerque, do norte da França. Mas conseguiram se retirar para a Inglaterra em navios, barcos pesqueiros e até embarcações particulares que a marinha inglesa, com a ajuda dos Aliados, mobilizou para esse fim. O episódio ficou conhecido com retirada de Dunquerque.
No final de 1940, a Alemnha dominava quase toda a Europa. Dentre seus adversários, a Inglaterra era o país que se encontrava em melhores condições de continuar a resistência.
Em agosto daquele mesmo ano, o governo alemão começou os ataques aéreos em massa contra a Inglaterra. A aviação inglesa com o auxílio dos radares, conseguiu resistir, causando enormes perdas à aviação alemã e levando Hitler a abandonar a idéia de invadir o território inglês.
Derrotado na Inglaterra, Hitler voltou-se para o seu grande projeto: CONQUISTAR A UNIÃO SOVIÉTICA. Ele acreditava que com essa conquista a Alemanha de transformaria num império invencível.
Antes, porém, de atacar a União Soviética, Hitler colaborou com Mussolini na invasão da Grécia. Os alemães derrotaram os gregos e os iugoslavos.
Para a guerra contra a URSS, o governo nazista preparou uma força com cerca de 4 milhões de homens, 3.300 tanques e 5000 aviões.

A GUERRA NO MUNDO

Em 1941, a guerra européia se transformou em guerra mundial: a invasão da União Soviética pela Alemanha e o ataque japonês em dezembro, à base norte-americana de Pearl Harbos, no Havaí, envolvendo outros países no conflito.
A agressão japonesa á Pearl Harbor, levou os Estados Unidos a entrarem efetivamente na guerra. Até então, o país colaborava indiretamente com os Aliados.
Após esse ataque, o Japão realizou diversas conquistas: na China e na Indochina, nas Filipinas e na Indonésia, passando a ameaçar, inclusive, a Austrália. As conquistas japonesas indicam o desejo de tornar o Pacífico um oceano japonês.
A Alemnha, aliada do Japão, declarou guerra aos EUA. Naquele momento, porém, o objetivo mais importante para Hitler era a conquista do leste da Europa, região importante para a expansão alemã. A guerra contra a União Soviética era representada como a luta contra o comunismo. Hitler declarou que as cidades de Moscou e Leningrado, juntamente com sua população, deveriam ser destruídas; dessa forma, segundo o ditador, não haveria necessidade de alimentá-las.
As instruções às tropas alemãs que chegavam ao território soviético eram as seguintes: "Utilizar meios limitados, quaisquer que sejam eles, inclusive contra mulheres e crianças. Nenhum alemão que participe das operações deve ter responsabilidade pelos atos de violência nem ser submetido a nenhuma medida disciplianar"

INVASÃO DA UNIÃO SOVIÉTICA

"O inimigo é cruel e implacável. Pretende tomar nossas terras regadas com o suor dos nossos rostos; tomar nosso cereal, nosso petróleo, obtidos com o trabalho de nossas mãos. Pretende restaurar o domínio dos latifundiários, restaurar o czarismo (...), germanizar os povos da União Soviética e torná-los escravos de príncipes e barões alemães (...). Por isso, o povo deve abandonar toda a benevolência (...), não pode haver clemência para o inimigo (...). E (principalmente) em caso de retirada forçada (...), todo o material rodante tem que ser evacuado. Ao inimigo não se deve deixar um único motor, um único quilo de cereal ou galão de combustível (...). Todos os artigos de valor, inclusive metais, cereais, combustível, que não puderem ser retirados, devem ser destruídos. Nas áreas ocupadas pelo inimigo devem organizar-se guerrilhas, montadas e a pé; devem formar-se grupos de sabotagem para combater o inimigo".No dia 22 de junho de 1941, 150 divisões do exército nazista iniciaram a invasão da União Soviética. Estava ompido o pacto de não-agressão entre os dois países, assinado em 1939 por Hitler e Satlin.
As tropas nazistas invadiram a URSS organizadas em três frentes: um exército marchou em direção ao norte, para cercar Leningrado; outro em direção ao centro, com o objetivo de conquistar Moscou; e um terceiro rumou em direção ao sul, com o objetivo de aponderar-se dos campos de trigo da Ucrânia.
Atacado de surpresa, o exército soviético não conseguiu impedir o avanço das tropas nazistas, que, em menos de um mês, já haviam percorrido 750 quilômetros em direção ao interior do país e se aproximavam cada vez mais da capital Moscou.
O governante soviético Josef Stalin fez um pronunciamento convocando os soviéticos à luta:


O que Hitler mais queria era tomar Moscou. Por isso ordenou que as forças militares fossem concentradas para um assalto definitivo. Um milhão de homens, 1700 tanques e cerca de 100 aviões compunham os efetivos alemães.
No entanto, a resistência do exército soviético, com tanques e aviões, mostrava-se muito eficiente na defesa.
O exército soviético também soube tirar partido do rigoroso inverno russo. Sem uniformes apropriados, dezenas de milhares de alemães morreram de frio e os equipamentos militares perdiam eficiência. Percebendo a fragilidade do inimigo diante do frio, as tropas soviéticas recuavam para as regiões mais frias.
Como Moscou resistia, Hitler decidiu tentar a conquista do sul da União Soviética, onde se situava a cidade de Stalingrado (hoje Volvogrado), centro de importante indústria e com vias de acesso fácil aos pólos produtores de petróleo.


Quando Stalin soube do plano de Hitler, emitiu a seguinte ordem: "Exijo que tomem as medidas para defender Stalingrado (...). Stalingrado não deve
Stalingrado. Soldados soviéticos procuram

posições estratégicas para atacar os alemães


render-se ao inimigo, e a parte dela que for capturada deve ser libertada".
Stalin determinou que três exércitos em 450 tanques e mais de 2000 canhões se dirigissem àquela cidade. Com isso, os alemães, que estavam  sitiando Stalingrado, acabaram cercados pelos soviéticos. Os reforços que os nazistas solicitavam pelo rádio não conseguiam romper a barreira de aço e fogo montada pelos soviéticos. Diante da derrota iminente, os nazistas se renderam.
A batalha de Stalingrado, uma das maiores da história, foi o início da derrota alemã.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário