CAUSAS DA 2ª GUERRA

Pode-se dizer que a 2ª grande guerra mundial não passou de uma continuação da primeira e esta, por sua vez, não foi nada mais do que o prolongamemto da Guerra franco-prussiana interrompida em 1870. A primeira guerra, inaugurou um período de profunda crise no sistema capitalista mundial que contribuiu para a eclosão da segunda. Um dos vários pontos semelhantes entre o primeiro e o segundo grande conflito internacional é que ambos tiveram origens nas violentas disputas das potências imperialistas européias.
A crise dos anos 20:
A Europa e o mundo sob influência européia logo após o término da 1ª guerra atravessou uma crise muito grave. A guerra provocou uma destruição material como o mundo nunca tinha visto antes.
A Alemanha:

Em 1918, a Alemanha estava enfraquecida, enfrentando dificuldades para continuar a guerra. Faltavam alimentos para a população: O racionamento dava direito a 1 ovo, 2,5kg de batata e 20g de manteiga por semana. A Alemanha, na condição de derrotada na 1ª guerra, foi obrigada a aceitar, em 28 de junho de 1919 o TRATADO DE VERSALHES que continha termos que frustravam as espectativas alemães. Através dele, ficava estabelecida uma zona demilitarizada no território alemão próximo à fronteira com a França:
É proibido à Alemanha manter ou construir fortificações seja na margem esquerda ou direita do Reino, a oeste de uma linha traçada 50km a leste deste rio [...]
Artigo 42. Tratado de Versalhes p. 166-70

O exército alemão foi obrigado a reduzir seus efetivos:
A data do 31 de Março de 1920, o mais tardar, o exército alemão não deverá compreender mais de sete divisões de infantaria e três divisões de cavalaria
Artigo 160 Tratado de versalhes

A Alemanha e seus aliados são declarados culpados pela deflagração da guerra:
Os Governos aliados e associados declaram e a Alemanha reconhece que a Alemanha e os seus aliados são responsáveis, por deles ter sido a causa, por todas as perdas e por todos os prejuízos sofridos pelos Governos aliados e associados e pelos seus nacionais em consequência da guerra, que lhes foi imposta pela agressão da Alemanha e dos seus aliados
Artigo 231 Tratado de versalhes

Com decorrência da culpa a Alemanha seria obrigada a idenizar os vencedores:
(...)a Alemanha pagará, durante os anos de 1919 e 1920 e os quatro primeiros meses de 1921 (...) em ouro, mercadorias, navios, valores ou outra forma (...) o equivalente a 20 000 000 000 (vinte biliões) de marcos ouro (...)
Artigo 235 Tratado de versalhes

Em termos territoriais, perde a alracia e a Lorena para a França e...
A Alemanha renuncia, em favor das Principais Potências aliadas e associadas, a todos os seus direitos e títulos sobre as suas possessões de além-mar.
Artigo 119 Tratado de versalhes

O tratado foi considerado humilhante e injusto pelos representantes alemães. Os pagamentos da idenizações agravou o estado da crise. O sentimento nacionalista alemão fora ferido e qualquer possibilidade de arevanche seria aceita.

 Houve elevação do custo de vida, crescimento do número de desempregados e o aumento das greves. Remas necessários carrinhos de mão para transportar o dinheiro para as compras mesmo quando era pequenas.

As elites buscavam uma alternativa política. A crise provocava o enfrentamento entre 2 grandes grupos políticos: Os CONSERVADORES (Burgueses, proprietários rurais, oficiais do exército e nazistas) que defendiam a repressão e os da ESQUERDA (Trabalhadores, desempregados, comunistas e socialistas) que queriam reformas políticas e econômicas.

OS PARTIDOS TOTALITÁRIOS

 O NAZISMO

Paralelamente ao agravamento do quadro político, econômico e social, vários grupos surgiram apresentando propostas para solucionar o agravamento da crise econômica. entre eles surgiu em 1920 o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores ou os Nazistas chefiado por Adolf Hitler, que cresceu à medida que a crise se aprofundou. Eles eram bastante nacionalistas e prometiam o revide da humilhação sofrida na 1ª Guerra. Para os conservadores, significava a possibilidade de conter a esquerda e a "anarquia" das greves e revoltas.
Na Alemanha, nessa época difundiu-se a interpretação de que os problemas resultavam da perda da 1ª guerra, e que ocorreu porque a Alemanha não cuidou dos inimigos internos que eram os COMUNISTAS (que eram considerados agentes da URSS) e os JUDEUS (Que não eram considerados alemães pelos nazistas). Isso os levou a criar um sentimento de RACISMO, por considerarem sua raça ariana superior a todas as outras raças. Os judeus eram perseguidos, vítimas do anti-semitismo.
Portanto o orgulho nacional e o ódio aos estrangeiros (Judeus) e suas agentes (Comunistas), constituem-se em um dos pilares do ideário nazista. Eles buscavam também reformas para melhores condições de vida para a população.
Suas características marcantes eram: Defendiam o totalitarismo, o militarismo, o racismo, o nacionalismo e o  anti-semitismo (preconceito ou hostilidade contra judeus baseada em ódio contra seu histórico étnico, cultural ou religioso).

O FACISMO

Embora a Itália não tenha sido derrotada na 1ª guerra, obteve um processo semelhante ao alemão. A Itália não teve suas pretenções atendidas, sendo a principal delas, a posse das ex-colônias alemães. A Itália enfrentava crise pós-guerra (dívida externa, militares feridos etc). Estava também com seu sentimento de orgulho ferido. Sendo assim surgiu, em 1921 o Partido Nacional Facista liderado por Benito Mussolini. Assumiu o papel de defensor da ordem, propunhando-se a combater o socialismo e a democracia assim como os nazistas. Acreditavam que a maneira adequada de superar a crise fosse implantar um governo forte e totalitário.
 Diante de uma greve geral, em 1922, Mussolini dá o ultimato: Ou o governo restabelece a economia ou os Fascistas fariam.

A TOMODA DO PODER

Os facistas e os nazistas subiram ao poder com o apoio da grande maioria do povo. Nenhum dos dois esconderam do povo suas idéias totalitárias, anti-democráticas e racistas.
Adolf Hitler, após a tentativa de tomar o poder pelo golpe ocorrido em 1923 (Putsch de Munique) foi preso e condenado a uma reduzida pena de 5 anos de prisão. Enquanto preso, escreveu o livro Minha luta, no qual expunhava suas idéias racistas, nacional-socialistas etc.
Na Itália, Mussolini foi convidado pelo rei Emanuel III a formar um novo governo.
No início dos anos 30, a crise econômica e social piora dramaticamente com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque.
O nazistas foram até beneficiados, pois o desespero do povo havia sido aumentado. Devido ao crescente apoio popular aos nazistas, Hitler foi convidado pelo presidente Hindemburg a ocupar o cargo de Chanceler.
A ascenção nazista em 1933 foi chamada REVOLUÇÃO GERAL.
Uma vez no poder, eles lançam mão à uma política militarista e expancionista, que se revelou capas de mobilizar a população em torno do que Hitler chama de "Espaço vital" contra as amarras do Tratado de Versalhes.
HITLER COMEÇA A AGIR
Em 1935, Hitler começa suas ações contra o Tratado de Versalhes. Reinstituiu o serviço militar obrigatório, e, no ano seguinte, ocupa a região da Romania que havia sido desmilitarizada pelo Tratado. Em 1938, 1 mês após invadir a Áustria, Hitler consegue 90% dos eleitores austríacos para promover o ANSCHLUSS (união com a Alemanha). A anexação da Áustria e as subsequentes pressões de Hitler sobre a Theco- Eslováquia, pretendendo tomar posse da região dos Sudetos, incomodaram as autoridades francesas e inglesas. Estes, tinham que impedir que a Alemanha conquistasse o Ocidente europeu que voltasse a ser a potência que era antes da Primeira Guerra, mas, por outro lado, não queriam um confronto direto com a Alemanha, temendo uma nova guerra.
Objetivando consciliação de interesses, participaram junto à Itália e a Alemanha da Conferência de Munique (29 de setembro de 1938) que foi negociada uma solução para as reivindicações alemães capaz de evitar a guerra: O território theco deveria ter ocupado por etapa, e não imediatamente. Ou seja, foi "dado" a Hitler o que ele ia tomar à força.
A GOTA D'GUA
Para a Alemanha retornar às fronteiras anteriores ao Tratado de Versalhes, só faltava conquistar os territórios cedidos à Polônia. No entanto, dada a aliança entre esse país e à Inglaterra, Hitler achou por bem estabelecer garantias antes de invadi-la. Assim, em 1939 assinou 2 tratados para evitar uma situação de inferioridade em um eventual conflito por causa da Polônia. O primeiro foi feito com a Itália o PACTO DE AÇO, o qual declarava que 2 nações unidas pela afinidade íntima de suas ideologias[totalitárias] estão decididas a agir, ombro a ombro e com forças conjuradas, para assegurar seu espaço vital. O segundo acordo foi assinado com a União Soviética que sob a ditadura de Stalin, encontrava-se isolada por parte das potências capitalistas, conhecido como PACTO NAZI-SOVIÉTICO. Os alemães queriam se garantir.
O Japão havia tomado a Manchúria (1931), pertencente à China, e depois atacou novamente esta última (1937); a Itália conquistou a Etiópia (1936) e a Albânia (1939).A Varsóvia se rende, a URSS conquista a Letônia, a Estônia, a Lituãnia e parte da Polônia.
Mas, se, dúvida a expanção da Alemanha que levou diretamente à guerra:
 Uma vez garantida, as condições para um enfrentamento com a Polônia, a Alemanha invadiu o país 5 dias após o pacto com a URSS em 1º de setembro de 1939. Que deu à Grã-Bretanha e França um pretexto para declarar guerra à Alemanha. Estava iniciada a Segunda Guerra Mundial.

A GUERRA

Como vimos, a tomada da Polônia marcou o início da 2ª Guerra. A tentativa de mande a Paz na Conferência de Munique tornara-se impossível. Até 1940, a guerra não teve grandes confrontos, chegando até mesmo de ser chamada "guerra de mentira". Apenas a partir do ano seguinte que começaram os sangrentos confrontos. Hitler não se dava por satisfeito, queria mais e mais. A partir da declaração de guerra, feita pela Inglaterra e pela França à Alemanha, outros países foram entrando no conflito de ambos os lados. O sucesso inicial alemão deveu-se à sua tática  militar desenvolvida por seu generais, conhecida como

"Guerra Relâmpago" ( blirtkried em alemão). Consistia em ataques fulminates. O exército alemão possuía tropas bem treinadas a armamentos modernos no uso de forças motorizadas e aviação em uma ofensiva.

Tática alemã  Blitzkrieg (guerra relâmpago)


Podemos dividir as alianças da 2ª guerra da seguinte maneira: De um lado a Inglaterra, a França e os Estados Unidos formando "Os aliados" e do outro a Itália, a Alemanha e o Japão formando os líderes de "Eixo". Mais tarde, após o rompimento com os alemães, a União Soviética também decidiu colaborar militarmente com os  países aliados.                                                                                                                                                       
Os 2 lados da guerra
Na primavera de 1940, em apenas seis semanas, os alemães haviam dominado quase toda a França, tendo o governo francês abandonado Paris e se instalado em Vichy no sul da França.

Retirada de Dunquerque
Com o rápido avanço das tropas alemães por terra, os exércitos ingleses e franceses ficaram concentrados na praia de Dunquerque, do norte da França. Mas conseguiram se retirar para a Inglaterra em navios, barcos pesqueiros e até embarcações particulares que a marinha inglesa, com a ajuda dos Aliados, mobilizou para esse fim. O episódio ficou conhecido com retirada de Dunquerque.
No final de 1940, a Alemnha dominava quase toda a Europa. Dentre seus adversários, a Inglaterra era o país que se encontrava em melhores condições de continuar a resistência.
Em agosto daquele mesmo ano, o governo alemão começou os ataques aéreos em massa contra a Inglaterra. A aviação inglesa com o auxílio dos radares, conseguiu resistir, causando enormes perdas à aviação alemã e levando Hitler a abandonar a idéia de invadir o território inglês.
Derrotado na Inglaterra, Hitler voltou-se para o seu grande projeto: CONQUISTAR A UNIÃO SOVIÉTICA. Ele acreditava que com essa conquista a Alemanha de transformaria num império invencível.
Antes, porém, de atacar a União Soviética, Hitler colaborou com Mussolini na invasão da Grécia. Os alemães derrotaram os gregos e os iugoslavos.
Para a guerra contra a URSS, o governo nazista preparou uma força com cerca de 4 milhões de homens, 3.300 tanques e 5000 aviões.

A GUERRA NO MUNDO

Em 1941, a guerra européia se transformou em guerra mundial: a invasão da União Soviética pela Alemanha e o ataque japonês em dezembro, à base norte-americana de Pearl Harbos, no Havaí, envolvendo outros países no conflito.
A agressão japonesa á Pearl Harbor, levou os Estados Unidos a entrarem efetivamente na guerra. Até então, o país colaborava indiretamente com os Aliados.
Após esse ataque, o Japão realizou diversas conquistas: na China e na Indochina, nas Filipinas e na Indonésia, passando a ameaçar, inclusive, a Austrália. As conquistas japonesas indicam o desejo de tornar o Pacífico um oceano japonês.
A Alemnha, aliada do Japão, declarou guerra aos EUA. Naquele momento, porém, o objetivo mais importante para Hitler era a conquista do leste da Europa, região importante para a expansão alemã. A guerra contra a União Soviética era representada como a luta contra o comunismo. Hitler declarou que as cidades de Moscou e Leningrado, juntamente com sua população, deveriam ser destruídas; dessa forma, segundo o ditador, não haveria necessidade de alimentá-las.
As instruções às tropas alemãs que chegavam ao território soviético eram as seguintes: "Utilizar meios limitados, quaisquer que sejam eles, inclusive contra mulheres e crianças. Nenhum alemão que participe das operações deve ter responsabilidade pelos atos de violência nem ser submetido a nenhuma medida disciplianar"

INVASÃO DA UNIÃO SOVIÉTICA

"O inimigo é cruel e implacável. Pretende tomar nossas terras regadas com o suor dos nossos rostos; tomar nosso cereal, nosso petróleo, obtidos com o trabalho de nossas mãos. Pretende restaurar o domínio dos latifundiários, restaurar o czarismo (...), germanizar os povos da União Soviética e torná-los escravos de príncipes e barões alemães (...). Por isso, o povo deve abandonar toda a benevolência (...), não pode haver clemência para o inimigo (...). E (principalmente) em caso de retirada forçada (...), todo o material rodante tem que ser evacuado. Ao inimigo não se deve deixar um único motor, um único quilo de cereal ou galão de combustível (...). Todos os artigos de valor, inclusive metais, cereais, combustível, que não puderem ser retirados, devem ser destruídos. Nas áreas ocupadas pelo inimigo devem organizar-se guerrilhas, montadas e a pé; devem formar-se grupos de sabotagem para combater o inimigo".No dia 22 de junho de 1941, 150 divisões do exército nazista iniciaram a invasão da União Soviética. Estava ompido o pacto de não-agressão entre os dois países, assinado em 1939 por Hitler e Satlin.
As tropas nazistas invadiram a URSS organizadas em três frentes: um exército marchou em direção ao norte, para cercar Leningrado; outro em direção ao centro, com o objetivo de conquistar Moscou; e um terceiro rumou em direção ao sul, com o objetivo de aponderar-se dos campos de trigo da Ucrânia.
Atacado de surpresa, o exército soviético não conseguiu impedir o avanço das tropas nazistas, que, em menos de um mês, já haviam percorrido 750 quilômetros em direção ao interior do país e se aproximavam cada vez mais da capital Moscou.
O governante soviético Josef Stalin fez um pronunciamento convocando os soviéticos à luta:


O que Hitler mais queria era tomar Moscou. Por isso ordenou que as forças militares fossem concentradas para um assalto definitivo. Um milhão de homens, 1700 tanques e cerca de 100 aviões compunham os efetivos alemães.
No entanto, a resistência do exército soviético, com tanques e aviões, mostrava-se muito eficiente na defesa.
O exército soviético também soube tirar partido do rigoroso inverno russo. Sem uniformes apropriados, dezenas de milhares de alemães morreram de frio e os equipamentos militares perdiam eficiência. Percebendo a fragilidade do inimigo diante do frio, as tropas soviéticas recuavam para as regiões mais frias.
Como Moscou resistia, Hitler decidiu tentar a conquista do sul da União Soviética, onde se situava a cidade de Stalingrado (hoje Volvogrado), centro de importante indústria e com vias de acesso fácil aos pólos produtores de petróleo.


Quando Stalin soube do plano de Hitler, emitiu a seguinte ordem: "Exijo que tomem as medidas para defender Stalingrado (...). Stalingrado não deve
Stalingrado. Soldados soviéticos procuram

posições estratégicas para atacar os alemães


render-se ao inimigo, e a parte dela que for capturada deve ser libertada".
Stalin determinou que três exércitos em 450 tanques e mais de 2000 canhões se dirigissem àquela cidade. Com isso, os alemães, que estavam  sitiando Stalingrado, acabaram cercados pelos soviéticos. Os reforços que os nazistas solicitavam pelo rádio não conseguiam romper a barreira de aço e fogo montada pelos soviéticos. Diante da derrota iminente, os nazistas se renderam.
A batalha de Stalingrado, uma das maiores da história, foi o início da derrota alemã.
 

AS DERROTAS NAZISTAS

A história militar da Segunda Guerra Mundial pode ser dividida em duas partes: a primeira até 1942, marcada pela expansão vitoriosa das potências do Eixo Roma-Berlim-Tóquio; e a segunda, a partir de 1942, marcada pela contra-ofensiva dos Aliados.
Em 1942, as batalhas de Stalingrado, na União Soviética; de El Alamein no Egito, e de Midway, no Pacífico, foram fundamentais no processo de vitória dos Aliados sobre o Eixo.
Na batalha de Stalingrado, os soviéticos impuseram a maior derrota ao exército alemão. Essa vitória pôs fim ao mito de invencibilidade alemã e representou o início da contra-ofensiva soviética. De 5 a 12 de junho de 1943, os alemães foram derrotados novamente pelos soviéticos na região de Kursk.
Essa batalha envolveu 1500 tanques, 500 mil soldados alemães e 1 milhão de soldados soviéticos. Depois de derrotados em Kursk, os alemães não foram capazes de montar uma ofensiva em direção ao leste e  recuaram até Berlim. Para muitos estudiosos, foi na União Soviética que a Alemanha perdeu a guerra.
Soviéticos na batalha de Kursk,
em 1943, na qual os alemães sofreram
uma derrota decisiva
Na batalha de El Alamein, no Egito, os ingleses derrotaram os alemães e italianos. Ao mesmo tempo, uma expedição de americanos e ingleses desembarcou no Marrocos e na Argélia, para dominar o norte da África e preparar as bases para o posterior ataque ao sul da Europa.
Na batalha de Midway, os norte-americanos afundaram quatro grandes porta-aviões japoneses, pondo fim também ao mito da invencibilidade nipônica.




A RENDIÇÃO DA ALEMANHA E DA ITÁLIA

Os Aliados controlaram o norte da Africa, invadiram a Silícia em julho de 1943 e, em seguida, desembarcaram na Itália, cujo governo assinou a rendição incondicional (8 de setambro de 1943). Contudo, os alemães que ocupavam boa parte do território italiano resistiram aos Aliados. Soldados brasileiros enviados para a Itália lutaram nessas batalhas (Especial brasileiros na guerra no final do blog).

Corpo de Benito Mussolini e sua esposa fuzilado
e exibido publicamente sua esposa

 Roma foi libertada no dia 4 de junho de 1944. Em 2 de maio de 1945, as forças alemães na Itália renderam-se e, no dia 28, o ditador Mussolini foi fuzilado pelos anti-fascistas italianos, quando tentava fugir para a Suíça. Seu corpo foi pendurado de cabela para baixo e exibido publicamente.
As forças da União Soviética, no início de 1944, já haviam retomado grande parte do território ocupado pelos alemães e aguardavam pelo encontro com as forças ocidentais para libertar a França e tomar Berlim.
A 6 de junho de 1944, os Aliados desembarcaram na Normandia (costa norte da França) com 2 milhões de homens, 4 mil navios e 10 mil aviões.
Nesse dia, que ficou conhecido como o DIA D, veículos, equipamenteos e tropas desembarcaram e montaram diversos núcleos se serviram de bases para o avanço pelo interior do continente. Em fins de julho, os Aliados haviam consolidado sua posições na França. Em meados de agosto, Paris levantou-se contra a ocupação alemã, sendo libertada logo em seguida.
A Alemanha, derrotada na frente oriental pelos soviéticos, tentava agora, na frente ocidental, conter o avanço das tropas aliadas. No dia 16 de dezembro de 1944, os alemães procuraram deter as forças americanas e inglesas na região belga das Ardenas. Os Aliados apelaram então a Stalin para que reiniciasse a ofensiva contra as forças alemãs, para dividi-las e, consequentemente, enfrequecê-las.
A ofensiva soviética foi reiniciada. Com isso, os alemães foram obrigados novamente a enfrentar os soviéticos no leste; estes, em fevereiro de 1945, chegaram a 150 quilômetros de Berlim. Nos dois meses seguintes, forças soviéticas e americanas ocuparam toda a Alemanha.
No dia 30 de abril, Hitler, derrotado, escondeu-se num abrigo subterrâneo, onde suicidou-se junto com sua mulher. Eva Braun
No dia 7 de maio de 1945, o comando do exército alemão rendeu-se incondicionalmente.



A RENDIÇÃO DO JAPÃO
Além das batalhas travadas no continente europeu, ocorreram outras no oceano Pacífico e em suas inúmeras ilhas.

Ilustração doa Kamicases suicidas
japoneses
Na guerra no Pacífico, as batalhas foram travadas principalmente pela aviação e pela marinha.
Pilotos japoneses denominados Kamikases (palavra japonesa que significa "vento divino") lançavam-se com seu avião carregado de bombas sobre os navios norte-americanos, para destruí-los numa atitude suicida.
" A flor de cerejeira é a primeira das flores, assim como o guerreiro é o primeiro dos homens", afirmava um poema japonês, indicando o código de conduta do soldado nipônico, treinado para lutar até a morte.

Em 6 de agosto de 1945, os americanos lançaram uma bomba atômica sobre Hiroxima, causando a morte de cerca de 100 mil pessoas, ferindo outras 100 mil e destruindo 60% das casas e prédios da cidade.

No dia 9 foi a vez de Nagazqui: mais de 60 mil mortos e 100 mil feridos.
Diante desse espetáculo de destruição, o Japão capitulou e assinou sua endição, contrariando a idéia de que o país não se renderia.

Consequência da bomba
atômica em Nagazaqui

O lançamento dessas 2 bombas sobre o Japão tinha também o objetivo de mostrar à União Soviética o poder bélico norte-americano. Embora aliados contra a Alemanha, Estados Unidos e União Soviética constiuíam pólos políticos opostos.




O BRASIL NA 2ª GUERRA

Pouco se fala sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Por isso pesquisamos, e resolvemos passar alguns dos nosso conhecimentos sobre esse fato.


Em represália ao rompimento de relações diplomáticas do Brasil com os países do Eixo, a partir de janeiro de 1942 vários navios mercantes brasileiros foram torpedeados por submarinos alemães. A esses incidentes seguiu-se uma forte mobilização popular em favor da entrada do país na 2ª Guerra Mundial para lutar ao lado dos Aliados contra o nazi-fascismo. O governo brasileiro finalmente declarou guerra à Alemanha e à Itália em agosto de 1942, mas só após ajustes difíceis com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha foi criada a FEB - Força Expedicionária Brasileira, que levou o Brasil ao Teatro de Operações na Itália. A contradição entre lutar a favor da liberal-democracia ao lado dos Aliados na Europa e manter uma ditadura no país em muito contribuiria para a queda de Vargas e o fim do Estado Novo em 29 de outubro de 1945
 A formação de uma força expedicionária correspondia a um duplo projeto político de Vargas: de um lado, fortalecer as Forças Armadas brasileiras internamente e aos olhos dos vizinhos do Cone Sul, em especial a Argentina, e com isso garantir a continuação do apoio militar ao regime do Estado Novo; de outro lado, assegurar uma posição de significativa importância para o Brasil no cenário internacional, na qualidade de aliado especial dos Estados Unidos.
 Apenas em 1944, os navios com soldados brasileiros começaram a ser enviados, embora modesta a participação brasileira na guerra, nossos soldados foram um diferencial em algumas missões, a principal delas a tomada de Monte Castelo
Foram convocados jovens novos, pobres, entre 19, 20 e 21 anos.   Entre eles, Raul Carlos dos Santos, que, hoje com 89 anos nos recebeu em sua residência para nos contar um pouco de suas experiências.

Seu Raul, hoje líder da associação dos ex-combatentes da Bahia, nos contou que, quando o Brasil decidiu ir à guerra, foi criada  FEB com a concordância dos EUA em agosto de 1943. Para seu comando foi convidado o General Mascarenhas de Moraes.
Ocorreu 1 ano entre a criação da FEB e o embarque do 1º Escalão para a Itália. Esse período foi dedicado convocação e treinamento dos soldados. Eles tiveram que aprender a usar armas americanas.
No Brasil, havia uma descrença  com relação ao fato do Brasil ir à guerra. Ninguém aceditava (por isso o símbolo da FEB é uma cobra fumando: "é mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil ir à guerra").
Os soldados convocados iam com sentimento de medo mas também de patriotismo.
Viajaram em navios dividos em compartimentos selados com chumbo, para, em caso de um bombardeio só morresse uma parte dos homens.
Ao chegar lá, foram dadas aos brasileiros missões mais complicadas como subir serras geladas.
Seu Raul recebendo condecorações
Tivemos a oportunidade de estar frente a frente e saber detalhes por detalhes dos fatos.

Algumas munições que encontramos
 no mini-museu de seu Raul.

Terra do cemitério onde foram enterrados
os brasileiros mortos na Itália



Onde se guardava a água

Kit de higiene dado aos soldados

Um capacete alemão e 2 brasileiros



Galerinha do 3º M, e mais 3 ex-combatentes
 Um pequeno depoimento de um ex-combatente depois da 2ª Guerra Mundial: 
      Seu Raul Carlos dos Santos
" Fui atingido no crânio por estilhaço de granada. Até hoje sinto dores na cabeça e ouço barulhos de explosão".





CONSEQUÊNCIAS DA 2ª GUERRA

Ficheiro:World War II Casualties.svgO número de vítimas da Segunda Guerra Mundial foi sem precedentes. Morreram aproximadamente 46 milhões de pessoas: cerca de 26 milhões de soviéticos, 4200 mil poloneses ( a maioria judeus), 2 milhões de japoneses, 400 mil americanos e 370 mil ingleses.
Os custos materiais também foram espantosos: cidades em ruínas; pontes, sistemas ferroviários, vias fluviais e portos destruídos; terras agrícolas abandonadas, gado morto e minas de carvão desabadas. Muitas pessoas, famintas e sem lar, vagando pelas ruas e estradas.
A Europa tinha pela frente uma tarefa imensa de reconstrução, que realizou com impressionante rapidez.
Politicamente, o final da guerra marca também o declínio do poder da Europa ocidental no mundo. Os EUA e a URSS surgiram como únicas grandes potências políticas, econômicas e militares em torno das quais o restante dos países do mundo se alinhou.
Outra consequência foi o progressivo declínio dos impérios coloniais europeus. Os Estados europeus, que lutaram contra o imperialismo alemão, não tinham como justificar seu imperialismo sobre os povos.
A 2ª Guerra Mundial marcou também o início da era atômica. Em pouco tempo, além dos Estados Unidos e a União Soviética e os outros países passaram a dispor de armas atômicas. Esses países saíram da guerra como as 2 maiores potências do mundo, tornando-se rivais, vindo a surgir a Guerra Fria.
Ao final da guerra a Alemanha foi dividida em dois países ( até 1990). De um lado, a República Democrática Alemã comandada pela URSS implantando, logicamente um regime socialista. Do outro, a República Federal da Alemanha, cujo principal comandante era os EUA, por sua vez com um regime baseado no capitalismo. As duas "nações" foram separadas por um muro também chamado de Muro de Berlin".

Divisão da Alemanha.
Após a guerra foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas) localizada em Nova York, com o objetivo de evitar novos conflitos.
Ficheiro:Fat man.jpg
Bomba nuclear lançada em Nagasaki
A tecnologia bélica evoluiu rapidamente durante a Segunda Guerra Mundial e foi crucial para determinar o rumo da guerra. Algumas das principais tecnologias foram usadas pela primeira vez, como as bombas nuclares, o radar, sistemas de comunicação por micro-ondas, o fuzil mais rápido, os mísseis balísticos e os processadores analógicos de dados (computadores primitivos). Enormes avanços foram feitos em aeronaves, navios, submarinos e tanques. Muitos dos modelos usados no início da guerra se tornaram obsoletos quando a guerra acabou. Um novo tipo de navio foi adicionado aos avanços: navio de desembarque anfíbio (usado no Dia D).

O HOLOCAUSTO

Calculam-se em quase 6 milhões os judeus europeus exterminados pelos nazistas. Este extermínio ficou conhecido como holocausto.Também foram exterminados outros que foram considerados "indignos de viver" (incluindo os deficientes e doentes mentais, prisioneiros de guerra soviéticos, homossexuais, maçons, testemunhas de jeová e ciganos).
A doutrina anti-semita pregada pelos nazistas propagou-se entre a população alemã, pois o anti-semitismo alemão já era antigo. Para que os judeus fossem mortos em escala tão grande, foi montada uma estrutura de extermínio na qual existiam câmaras de gás.CONTINUA...

Armas Utilizadas na Guerra


Artilharia Pesada

 Howitzer Model 1931 (B-4)


Um dos armamentos mais pesados utilizados pelos Soviéticos entre 1941 e 1945 foi o obus de 205mm Modelo 1931, também conhecido como B-4. Era uma pesada e poderosa arma que foi uma das poucas peças de artilharia que se movia sobre esteiras devido ao grande investimento soviético em fábricas de trator nas décadas de 20 e 30. Era assim uma medida óbvia e econômica para os projetistas soviéticos. Cerca de 871 foram produzidos. O uso de esteiras permitia que o B-4 cruzasse terrenos intransponíveis para outros armamentos.

Devido ao seu grande peso o B-4 tinha que ser transportado, quando a distância era muito grande, em seis partes. Algumas versões do B-4 eram transportados em cinco partes separadas. Existiram seis variações do B-4 que variavam mais no modo em que eram transportados. O B-4 permaneceu com poucas mudanças durante sua existência.

A razão de fogo ficava em torno de um tiro por minuto. Além de ser utilizado em fogo de barragem o B-4 podia ser utilizado para a demolição de pontos fortificados. Era uma arma essencialmente de uso estático devido a sua velocidade de transporte de não mais do que 15km/h. A sua pouca mobilidade foi uma grande desavantagem e muitos caíram em mãos alemães. Como os alemães tinham pouca quantidade de artilharia pesada eles utilizavam quantos B-4 conseguissem. A maioria foi utilizado na União Soviética mas também viram serviço na Itália e no noroeste da Europa em 1944 sob o nome 20,3cm H 503(r).

Especificações do Model 1931

Calibre: 203mm
Comprimento: 5.087m
Peso: em ação: 17.700kg; em viagem: 19.000kg
Elevação: 0º até 60º
Transversal: 8º
Velocidade inicial do projétil: 607m/s
Alcance máximo: 18.025m
Peso do cartucho: 100kg
 Siegfried Kanone

O canhão 38cm Siegfried Kanone Eisenbahnlafette foi originalmente concebida como um canhão naval para o navio Bismarck mas foi transferido para o Exército como arma de defesa costal. Quatro foram construídas pela Krupp.
O Siegfried Kanone só podia mirar transversalmente quando no Vögele Drehscheibe. A arma só podia ser recarregada da posicão de elevação 0º, sendo assim, ela tinha que ser mirada de novo a cada tiro.

O Siegfried Kanone utilizava a munição padrão da marinha onde a carga principal era colocada dentro de um cartucho metálico que era suplementada por mais uma carga dentro de uma bolsa de seda que detonava primeiro. Um dos cartuchos utilizados era o Siegfried-Granate que era um cartucho especial desenvolvido pelo exército. Esse cartucho era disparado com uma velocidade inicial de 920m/s e alcançava até 40km.


Submetralhadoras

 

Sten

Sten Mk V. 

Em uma tentativa de reequipar o Exército Britânico após a derrota de Dunquerque foi emitido uma urgente ordem de requerimento para uma submetralhadora baseada na MP 38 que pudesse ser produzida rapidamente. Dentro de poucas semanas o projeto de R.V. Sheperd e H.J. Turpin, que trabalhavam na Enfield Lock Small Arms Factory, foi aceito.

O primeiro modelo foi a Sten Mk I. Projetada para ser produzida rapidamente e do modo mais barato possível. Ela era feita de tubos de metal e chapas de metal, todas elas ligadas por solda. O pente era também feito com chapas de metal e o mecanismo do gatilho ficava encoberto por madeira. A arma tinha uma aparência horrível mas era um modo de defesa em uma situação desesperadora.
Sten Mk II. 

A produção da Mk I chegou a 100.000 unidades. Em 1942 entrava em ação a Mk II que se tornou a Sten clássica. Era feita toda em metal. Uma das vantagens da Mk II era quando tinha algumas partes desmontadas, como o cano, e acabava ocupava pouco espaço. Por essa vantagem ela equipou muitas forças de resistência na Europa ocupada. Havia uma versão da Mk II que foi produzida com um silenciador para operações especiais. Essa Sten era chamada de Mk IIS. Após esses modelos entrou em serviço a Mk III, que produzida aos milhares era basicamente uma uma versão ainda mais simples da Mk I.
Sten Mk II na França em 1944. 

A Sten Mk IV foi desenvolvida para paraquedistas mas não foi posta em produção. Na época em que a Mk V entrou em serviço a guerra corria bem para os Aliados e a menor pressão sobre eles permitia que a Sten podesse ser produzida mais refinadamente. A Mk V era sem dúvida a melhor das Sten devido a sua melhor produção e material. Tinha detalhes em madeira, podia ser equipada com uma baioneta e utilizava a mira do rifle Lee-Enfield No. 4. A Mk V foi utilizada pelos paraquedistas em 1944 e após a guerra ela se tornou a submetralhadora padrão do Exército Britânico. A produção de todos os modelos da Sten chega a 4 milhões de unidades.

Especificações da Sten Mk II

Calibre: 9mm
Comprimento: 762mm
Comprimento do cano: 197mm
Peso: carregada: 3,7kg
Alimentação: pente de 32 cartuchos
Razão de fogo: cíclica: 550rpm
Velocidade inicial do projétil: 365m/s

Tank
Cruiser Tank Mk VI Crusader

O Cruiser Tank MK VI, que veio a ser conhecido como Crusader, tem suas origens no tanque Covenanter. Apesar de serem parecidos haviam diversas diferenças como as cincos rodas do Crusader contra as quatro rodas que o Covenanter tinha.

O protótipo chamado de A15 possuía duas pequenas torres: uma localizada na frente da cobertura do motorista e outra para um artilheiro sentado na parte frontal do tanque. Cada uma dessas torres era equipada com uma metralhadora de 7,92mm. Logo após alguns testes a torre do motorista foi retirada. Esses primeiros testes também denunciaram problemas no resfriamento do motor e na caixa de marcha. Esses problemas foram difíceis de serem resolvidos e foram encontrados até mesmo em Crusaders que estavam sendo retirados de combate.


O primeiro modelo de produção foi o Crusader I que tinha uma blidagem de 40mm e um canhão de 40mm. Quando o Crusader I entrou em combate em 1941 ele já era inadequado para o combate. As armas de 57mm, que podiam resolver o problema, ainda eram escassas e sua blindagem foi aumentada em torno de uma base de 50mm. Este era o Crusader II mas somente no Crusader III que arma de 57mm foi utilizada. A versão III acabou sendo a versão padrão para os combates no Norte da África antes de ser substituído pelo tanque Sherman M4.

No combate o Crusader era rápido mas sua blindagem não era espessa o suficiente e aqueles equipados com o canhão de 40mm não faziam frente aos seus equivalentes alemães. Após perderem sua função como tanque de combate os Crusaders foram utilizados em diversos propósitos especiais. Alguns foram convertidos para tanques antiaéreos com uma Bofor de 40mm ou dois ou três canhões de 20mm montados sobre eles. Outros Crusaders, sem suas torres, eram utilizados como rebocadores de veículos e de artilharia. Essas versões rebocadoras foram muito utilizadas na Europa em 1944 e 1945.

O Crusader foi um clássico armamento britânico da Segunda Guerra apesar da sua falta de eficiência de combate. Mesmo com uma baixa agressividade foi um tanque que se superou e viu ação em diversos lugares e em diversas versões.


Especificações do Crusader III

Tripulação: 3
Peso: 20.067kg
Motor: um Nuffield Liberty Mk III desenvolvendo 340bhp
Dimensões: comprimento: 5,99m; largura: 2,64m; altura: 2,23m
Performance: velocidade máxima na estrada: 43,4km; velocidade máxima off-road: 24km/h; alcance com tanque de combustível extra: 204km